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terça-feira, 10 de agosto de 2010

"Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu"

PROJETO POETAS DA TERRA

ESPETÁCULO “VIVA EU, VIVA TU, VIVA O RABO DO TATU!”

SINOPSE

No mês em que se comemora o Folclore como ciência da sabedoria popular, o Projeto Poetas da Terra, do SESC Santo Amaro, apresenta o espetáculo “Viva Eu, Viva Tu, Viva o Rabo do Tatu!”, baseado em livro homônimo da pernambucana Lenice Gomes. O universo rítmico e musical das parlendas foi harmoniosamente reunido às palavras da escritora, configurando-se numa leitura deliciosa, saudosista, sígnica e sensorial. Na encenação de Neemias Dinarte procurou-se redescobrir, enfatizar e brincar com a sonoridade e singeleza das parlendas, explorando as diversas possibilidades criativas no trabalho com a palavra em cena fisicalizada e expressiva, como expressivas são as diversas modalidades da nossa tradição oral. No elenco, quatro atores darão forma física à obra de Lenice Gomes: Célia Regina, Jefferson Nascimento, Nelson Pontes e Rafaelle Carvalho. O espetáculo busca, através de sons e imagens, levar o público de todas as idades a uma experiência áudio-visual terna e ao mesmo tempo marcante, ressaltando a forte musicalidade e ao mesmo tempo a doçura do jogo de palavras que se observa nas parlendas. No mês do Folclore é significativo conferir esse trabalho que pretende enaltecer e ajudar a preservar os nossos valores culturais, além de encantar os ouvidos e o coração com o ir e vir das palavras carregadas de expressividade popular.

Serviço:

Projeto Poetas da Terra
Espetáculo: Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu!
Texto: Poemas de Lenice Gomes
Encenação: Neemias Dinarte
Dias 11, 12 e 13 de agosto
16h
Teatro Marco Camarotti – SESC Santo Amaro
Entrada Franca

TEXTO DO PROGRAMA
PROJETO POETAS DA TERRA

Criado há quinze anos, o Projeto recebeu o nome de “Poetas em CASA”, para incentivar no público o gosto pela Poesia, expressa de forma inusitada – a cena teatral. Hoje o “Poetas da Terra” se consolida como um importante instrumento de disseminação artística e cultural no cenário da cidade do Recife, além de possibilitar a diretores e atores investigar as “possibilidades cênicas da palavra e do verso”, experimentando diversos estilos e estéticas na dramatização de poemas.
De cunho educativo e formador de platéia, o Projeto conquistou o interesse não só dos Comerciários mas dos amantes das artes e estudantes, fazendo ver que a poesia pode ser muito agradável se, além de lida e ouvida, puder “ser vista”, permitindo ao público reinterpretar a obra poética de autores brasileiros pouco conhecidos.
No Projeto vários poetas foram homenageados, como: Maria de Lourdes Hortas, Jomard Muniz de Brito e Wilma Lessa (1995); Marcus Accioly, Orismar Rodrigues e Maria do Carmo Barreto Campelo (1996); Pedro Américo, Janice Japiassu e Clara Angélica (1997); Dione Barreto (1998); Mirian Asfora (2002); Silvana Menezes, Will Cruz e Vital Correia Araújo (2003); César Leal e Lúcio Ferreira (2004); Telma Brilhante (2004); Cícero Lins (2005); Cida Pedrosa (2007), Wilson Araújo de Souza (2007); Almir Castro de Barros (2008), estes cinco últimos dirigidos por Neemias Dinarte, que tem presença marcante como encenador em várias edições do “Poetas da Terra”.
Flávio Santos

A ENCENAÇÃO

O “Rabo do Tatu”, como intitulei carinhosamente este meu trabalho, me possibilitou vários encontros e reencontros: a força rítmica e musical das Parlendas, devidamente costuradas nos poemas de Lenice Gomes; um bate-papo telefônico com André Neves, que ilustrou o livro homônimo da mesma e que brincava de teatro comigo, em 1995, no saudoso Núcleo de Pesquisa Domínio Público do SESC Santo Amaro, e hoje é um importante escritor e ilustrador de livros infantis; também o feliz encontro com um elenco disposto a mergulhar no mundo das parlendas e fazer brincadeiras em pleno mês do Folclore; ainda, estrear como encenador no Teatro Marco Camarotti, homem que foi “um marco” na minha vida acadêmica e um adorável professor de Dramaturgia. Fisicalizar os poemas de Lenice para inventar brincadeiras com as curiosas coisas do saber popular foi como tecer uma colcha de retalhos, que se vão juntando e formando um mosaico colorido e divertido.
Ouvir o som das palavras, suas repetições, sua graça e musicalidade nos inspirou a construir oito quadros, que se revezam entre o lúdico, o poético, o popular e o sublime. Num tempo em que a palavra é assassinada pela velocidade e voracidade da tecnologia, é bom ainda desfrutar dos sentidos que ela pode transmitir aos olhos, à alma e ao coração. Vivas, então: à poesia, ao teatro, ao tatu, à brincadeira e à vida, que a arte deixa imitar! Viva nós, viva vós, viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu!
Neemias Dinarte

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